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25/ago/2013

soberania do político

Autor(a): Jason Frutuoso

 Às vezes penso que a “bondade” da comunidade esconde sua necessidade.

Em certa ocasião, quando ainda bem criança, a comunidade de minha terra esperava uma figura importante que chegaria para nos visitar. Certamente ele queria saber quais eram nossas necessidades ou, quem sabe, com quantos votos poderia contar em nosso Distrito.

Para receberem tal pessoa, as autoridades de minha terra passaram uma semana arrumando tudo que estava fora do lugar, a começar pela enorme poeira que se levantava quando um carro passava em nossas ruas, cheias de buracos e sem água verdadeiramente potável, água que um político poderia tomar confiando que não sofreria efeitos colaterais. Depois decidiram que com água não se brinca e resolveram trazê-la da Cidade-mãe.

Quando ele chegou, ainda me lembro, fomos levados pelas professoras para, enfileirados ao lado da rua, dar-lhe boas vindas. Naquele dia, tudo estava tão limpo e bem arrumado, que nosso visitante sequer conseguiu perceber nossas principais necessidades. Fora tratado como um verdadeiro rei.

Dai, reitero: Tem hora que a bondade de um povo esconde suas necessidades.

Os políticos precisam comer um pouco da poeira do lugar; só assim eles poderão compreender que o voto pode ser uma troca: Nós votamos neles e eles nos representam com dignidade lá na “República da Esplanada”. Acho que os políticos honestos concordam comigo. 


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