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03/ago/2008

Hoje Morreu Athos Bulcão

Autor(a): Jason Jair Frutuoso

De verdade, o artista não morre, mas temos que noticiar que ele morreu; de verdade, a cidade de Brasília se parece um pouco com Athos Bulcão; de verdade mesmo, nem o conheço pessoalmente – uma pena! – mas por toda parte da cidade vejo artes de Athos.

Um dia tive até vontade de pedir a alguém para cuidar da arte do artista. Foi quando vi naquele comércio de flores que fica próximo ao Cemitério Campo da Esperança, azulejos caindo. Acho que até foi pior que isto, nem me lembro direito se tinha de fato azulejos caindo, mas gravei bem que faltavam azulejos em algum lugar do imóvel onde está instalada a feira de flores.

Ao sentir a falta de algumas peças dos azulejos-arte, perguntei a alguém – algum trabalhador de lá – quem conservava aquela obra de arte, e ele disse-me passivamente e de forma quase imóvel que nem sabia se aquilo devia ser guardado ou melhor, protegido por alguém – ele mostrou que sequer sabia o significado daquilo que aqui e em qualquer lugar chamo de arte.

Agora que Athos Bulcão se despediu de Brasília, só nos resta pedi-lo para nos olhar lá de cima e nunca se esquecer de proteger suas obras que residem na cidade-arte.

 
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